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sábado, 10 de outubro de 2009

Luz demais

Uma reportagem da National Geographic me fez refletir sobre o excesso de luminosidade e seus efeitos na vida do homem. Tudo começa com o conceito da luz e das trevas. No passado várias comunidades as consideravam sinônimas do bem e do mal, da vida e da morte. Isso porque durante o dia há claridade, visibilidade, e o homem e os animais realizam a maioria das suas atividades. Durante a noite é o contrário. As pessoas não conseguem ver completamente, as coisas ficam cobertas, e elas dormem. Desta última característica é óbvio o relacionamento com a morte. A inatividade, o descanso, é o oposto da vida e das realizações. Inclusive em muitas línguas antigas a palavra para morte e sono é a mesma.

Como o homem não está acostumado com a morte, com o tempo ele foi tentando vencer esse inimigo. Como a treva estava intimamente associada à morte, o homem começou a procurar meios de acabar com o escuro. A Bíblia, porém, diz que a luz deve reger o dia e as trevas a noite. Mas o homem insatisfeito com sua situação, quis acabar com a noite. O fogo, o sol e a luz se tornam símbolos em muitas culturas e religiões. Mas esses ainda eram meios limitados, não alcançavam todo o tempo e todo o mundo ao mesmo tempo. Mas a eletricidade e a lâmpada mudaram essa história.

As cidades começaram a ficar cada vez mais iluminadas. Ninguém precisava mais ficar no escuro, nem ler um livro na dificuldade de uma mísera vela. Luzes cada vez mais potentes foram inventadas e colocadas em todos os objetos e lugares possíveis. Na rua, dentro de casa, na câmera digital, no carro, no celular...Quanto maior a cidade e mais “desenvolvida” e rica, mais luminosa será. Veja São Paulo e Paris via satélite a noite! Quem já sobrevoou ou viu na internet sabe o que estou falando. Uma massa luminosa enorme desafia as trevas e a noite.

Hoje as pessoas não precisam e não vivem mais no escuro. Parece que o desejo de viver para sempre, inato no homem, sobrepujou a morte. Mas o que vem ocorrendo é justamente o contrário. Pesquisadores da Califórnia andam estudando o efeito desse excesso de luminosidade sobre a natureza e o que eles têm descoberto pode ser uma surpresa para muitos.

Nós precisamos do escuro. A luz na noite tem modificado as plantas e os hábitos de muitos animais, que tem morrido com essas modificações. E o homem também tem sofrido com isso. Como?! É fácil entender. A noite foi feita para dormir, uma prova disso é que se o homem não descansar 7 a 9 horas por dia, com o tempo ele entra em colapso e doenças surgirão como stress, insônia, que causarão muitos outros problemas mortais.

E o que tem acontecido é que com o excesso de luminosidade, a sociedade tem ficado cada vez mais vidrada na luz da TV, da internet, luzes artificiais. Artificial é também o tempo de sono que eles têm ao trocar a noite pelo dia, pois o organismo não produz o hormônio do descanso na presença da luz durante o dia. Isso tem provocado uma geração impaciente, intolerante, estressada. Ao contrário do esperado, ao lutar contra a morte a o escuro iluminando tudo com o progresso científico, o homem não conseguiu vencer seu inimigo, mas foi vencido por ele. Só quem venceu a morte, foi Jesus, pelo menos é o que diz a Bíblia. E parece que ela está certa mais uma vez.

3 comentários:

  1. Olá, filho! Parabéns pelo Blog. Que o Senhor continue te iluminando nos artigos a serem escritos nesse blog e que seja uma ferramenta nas mãos desse Deus Comunicador Mor e Amante de Seus filhos. Bjs de seu Pai, fã e amigo!

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  2. Parabéns pelo blog e pelo artigo sobre a luz. Na verdade vivemos esta influência e precisamos com ajuda de DEUS estabelecer o equilibrio. Que Deus continue lhe inspirando a escrever desta comunicação tão necessária entre nós e nosso PAi. Não precisa dizer que lhe admiro demais. Fã de carteirinha. bj de sua mamãe.

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  3. Adorei seu blog e todos seus artigos, pois nos leva a pensar bastante sobre nossas vidas. um grande abraço.

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