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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Monólogos religiosos

Esse assunto de monólogos e diálogos tem mexido comigo. Principalmente o monólogo religioso. Se ditaduras políticas usaram o monopólio da comunicação, o que aconteceria com o Cristianismo se usasse o mesmo recurso de “persuasão”?

No livro A cruz de Hitler, de Erwin Lutzer, o autor sugere como seria esse Cristianismo. Hitler usava forte recursos visuais, discursos longos e enérgicos que cativavam a multidão. Alguns historiadores registram que após o discurso Hitler desmaiava de exaustão como um médium. Suásticas e outros símbolos nazistas foram espalhados em toda Alemanha não dando espaço para nenhuma outra opção. Rádios, jornais, todos os meios de comunicação foram monopolizados. Apenas o partido nazista e sua filosofia era comunicada.

Se beneficiando do estado emocional frágil dos Alemães, pós I Guerra, Hitler apela para o emocional prometendo riquezas e segurança em detrimento da liberdade. As igrejas cristãs que adotassem a suástica e o estilo de vida nazista poderia continuar, porém quem não concordasse com o misticismo religioso nazista seria aniquilado. E foi isso o que ocorreu, minorias religiosas que mantiveram suas consciências firmes foram levados para o campo de concentração: testemunhas de Jeová, Judeus, Adventistas do Sétimo Dia, ciganos e outros.

Os cristãos que não foram perseguidos, aceitaram a filosofia de vida nazista. Eles não viram conflito entre a Bíblia e Hitlerismo. Porém o contraste é gigantesco. O que fez com que esses cristãos adotassem a suástica em suas igrejas? Muitas coisas é verdade. Mas gostaria de sugerir uma importante: religiosidade puramente emotiva como resultado de um monólogo religioso. Os cristão aceitaram facilmente a suástica pois cegados pela tragédia que viviam não distiguiram o certo do errado. Alem do mais, Hitler usava passagens bíblicas em seus discursos, o que tem de errado em aceitar aquele que poder nos tirar do buraco econômico social?

Religiosidade emotiva, não conversaram e analisaram as implicações de tal união entre a igreja e o estado. O que aconteceu? Está tudo nos livros de história para qualquer um ler. Ou nas igrejas que apelam para a emoção. Cristãos que colocaram (ou colocam) a prosperidade física superior a espiritual, e que se deixam levar por um discurso visual e belo. Ao invés de conversarem com Deus através da Bíblia e oração. Mas o que era belo se tornou num demônio. Por isso, cuidado.

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