Na pós-modernidade, Deus está muito ativo, ao contrário do que Nietzsche afirmou. Na era da comunicação digital, Deus interage de diversas maneiras com homens e mulheres, como eu e você. Assim como no passado, "Deus havendo falado muitas vezes e de diversas maneiras", hoje Ele continua a falar. Pois Deus gosta de comunicação. É sobre essa simbiose entre comunicação e Deus que eu gosto de falar.
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sábado, 28 de novembro de 2009
em recesso
domingo, 15 de novembro de 2009
Monólogos religiosos II
Ainda sobre o monólogo, escrevo agora para o indivíduo e não para um grupo. No texto anterior argumentei sobre o resultado do monólogo religioso em nível macro. Agora quero refletir sobre o seu impacto no nível mais pessoal. Qual o resultado do monólogo religioso entre Deus e eu?
Religião é um relacionamento entre a divindade e seres humanos. Mas assim como muitos relacionamentos hoje, esse também pode ser defeituoso. E uma das razões é o monólogo. Assim como no casamento a falta de comunicação/interação entre o casal pode trazer prejuízos, assim também a interação entre Deus e o homem depende de um diálogo.
A Bíblia apresenta que esse relacionamento entre Deus e o homem é possível. Ela ensina que essa comunicação é essencial para o desenvolvimento saudável do ser humano. Primeiramente Deus fala com o ser humano de “diversas maneiras” (Hebreus 1:1) e espera uma resposta, como em todo diálogo. Essa resposta vem através da oração, que é uma interação com o divino. Nesse aspecto muitos cristãos têm falhado pois tem esquecido que cristianismo é uma comunicação.
Quando esquecemos um das vias de interação o que era deveria ser diálogo se torna
Cristianismo que enfatizam a resposta humana sem a revelação divina, estão no perigo se relacionarem com outra entidade espiritual ao invés do Deus da Bíblia. E cristãos que só recebem revelações divinas e não respondem corretamente serão em breve rejeitados. Assim como numa conversa que um não dá atenção para o que o outro fala. Seu término é uma questão de tempo.
Portanto, se você deseja desenvolver um relacionamento saudável com Deus, receba a comunicação divina e interaja adequadamente a ela. Essa semana refletirei como fazer isso.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Monólogos religiosos
No livro A cruz de Hitler, de Erwin Lutzer, o autor sugere como seria esse Cristianismo. Hitler usava forte recursos visuais, discursos longos e enérgicos que cativavam a multidão. Alguns historiadores registram que após o discurso Hitler desmaiava de exaustão como um médium. Suásticas e outros símbolos nazistas foram espalhados em toda Alemanha não dando espaço para nenhuma outra opção. Rádios, jornais, todos os meios de comunicação foram monopolizados. Apenas o partido nazista e sua filosofia era comunicada.
Se beneficiando do estado emocional frágil dos Alemães, pós I Guerra, Hitler apela para o emocional prometendo riquezas e segurança em detrimento da liberdade. As igrejas cristãs que adotassem a suástica e o estilo de vida nazista poderia continuar, porém quem não concordasse com o misticismo religioso nazista seria aniquilado. E foi isso o que ocorreu, minorias religiosas que mantiveram suas consciências firmes foram levados para o campo de concentração: testemunhas de Jeová, Judeus, Adventistas do Sétimo Dia, ciganos e outros.
Os cristãos que não foram perseguidos, aceitaram a filosofia de vida nazista. Eles não viram conflito entre a Bíblia e Hitlerismo. Porém o contraste é gigantesco. O que fez com que esses cristãos adotassem a suástica em suas igrejas? Muitas coisas é verdade. Mas gostaria de sugerir uma importante: religiosidade puramente emotiva como resultado de um monólogo religioso. Os cristão aceitaram facilmente a suástica pois cegados pela tragédia que viviam não distiguiram o certo do errado. Alem do mais, Hitler usava passagens bíblicas em seus discursos, o que tem de errado em aceitar aquele que poder nos tirar do buraco econômico social?
Religiosidade emotiva, não conversaram e analisaram as implicações de tal união entre a igreja e o estado. O que aconteceu? Está tudo nos livros de história para qualquer um ler. Ou nas igrejas que apelam para a emoção. Cristãos que colocaram (ou colocam) a prosperidade física superior a espiritual, e que se deixam levar por um discurso visual e belo. Ao invés de conversarem com Deus através da Bíblia e oração. Mas o que era belo se tornou num demônio. Por isso, cuidado.
domingo, 8 de novembro de 2009
Vamos conversar!?
Morre porque comunicação é compartilhar vida. O uso da força, porém, talha a criatividade humana. Comunicação requer liberdade e quando forçamos alguém a receber e agir sem sua vontade a resposta não é espontânea. Isso gera uma comunicação defeituosa. Pois a informação de tal comunicação artificial não gera vida, mas o oposto. Ao aniquilar a criatividade de resposta espontânea, a liberdade humana também é anulada. Sem liberdade o ser é apenas um objeto refletor.
Ao invés então de crescer e se moldar pelo processo de compartilhamento de vida, uma comunicação artificial forçada gera robôs. Muitos governos tentaram essa forma de vida. Usaram a comunicação artificial do monólogo. Removeram a criatividade e capacidade de resposta dos outros. Exemplos são fartos nos livros de história, Catolicismo da Idade Média, Feudalismo, Nazismo, Facismo, Socialismo, são alguns que geraram sociedades por tais métodos de comunicação.
As características de tais sociedades são perceptíveis. Líderes opressores, ausência de criatividade e liberdade de comunicação. Um pensamento autoritário dita a visão de mundo, seja ela certa ou errada. Nesse modelo social apenas um grupo diz o que é lei e obrigatório para todos e a verdade se torna relativa a uma casta. No passado pessoas sofreram pela falta de compreensão e tolerância de uma minoria autoritária que se achava no direito de dominar a comunicação de todos.
Apesar do registro histórico, ainda hoje grupos tentam monopolizar a comunicação e impor à força suas idéias. Alguns não usam a força física, mas intelectualmente anulam a participação e liberdade dos outros. Cientistas tentam forçar a crença na evolução. Igrejas usam a emotividade para deturpar o raciocínio lógico dos crentes. Ambos apelam para o emocional com seus argumentos dogmáticos sobre a realidade ao invés de dialogar. Sugiro que monólogo não é uma boa opção comunicativa.
Isso aprendi em Isaías 1:19: “vinde e conversemos, diz o Senhor...” Ao invés de impor nossa idéia e estilo de vida sobre os outros, que tal um diálogo?!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Impacto
Comunicar é compartilhar vida. É transmitir quem eu sou para o outro. Através do compartilhamento de informações eu recebo não só a mensagem mas, o mensageiro. No texto monólogos e diálogos argumentei que comunicação só é efetiva quando existe a participação interativa de pelo menos dois seres.
Comunicação são sentimentos e idéias compartilhadas com outros. Essa interação modifica ambos os seres para sempre. Como duas cabeças que se chocam num jogo de futebol. O impacto de tão ação afetará os dois. Comunicação é impacto mental e niguém sairá ileso desse confronto.
A partir do momento que me comunico, compartilho meu caráter, minhas emoções e visão de mundo com os outros. Visto que a realidade é complexa, a multiplicidade de visões pode contribuir para uma melhor construção da realidade. A partir dessa interação os homens conseguem compreender melhor a realidade que o cerca. Ou o oposto pode ocorrer. Se recebo uma mentira e internalizo-a, isso afetará minha compreensão das coisas.
Comunicação é impacto mental. E ninguém sairá ileso desse confronto.É por isso que comunicação é essencial para a vida. O homem é um ser sociável. E para sobreviver no mundo ele precisa de companhia e interação. Algo importante para se entender é que não interagimos inteligentemente com seres inanimados. Não que não haja comunicação e influência na interação de seres vivos com objetos. Essa influência é maior que muitos realizam. Porém comunicação eficaz só é realizada mediante duas vidas.
Quando leio um texto então, não interagimos com as palavras somente, mas principalmente com seu autor. Não podemos conversar com letras num papel. Interagimos com seres inteligentes. A interação ocorre com o autor do texto, com seus sentimentos, idéias e visão de mundo que agora estão sendo incorporados por você. E cada pessoa possui uma visão de mundo. Uns acreditam em Deus, outras negam Sua existência. Essas crenças afetarão sua comunicação.
Devo sempre lembrar que toda vez que me comunico, seja via mídia primária (corpo a corpo), secundária (revista, livro), ou terciária (internet, televisão), existe alguém compartilhando sua visão de mundo comigo. E o resultado é que serei moldado por esse impacto. Me pergunto, qual modificado sairei após esse confronto de idéias?
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Monólogos e diálogos
No texto como nos comunicamos, refleti sobre princípios de Comunicação apresentado por Baitello. Continuo a desenvolver algumas idéias a partir daquele texto. Baitello propôs que comunicação é a interação dos seres vivos. Ela é essencial para sua sobrevivência. O motivo de ser essencial, explicarei posteriormente ainda essa semana.
Apesar dessa definição de comunicação – interação de seres – poucos refletem sobre suas implicações. Ao interagir, um informa o outro. E para essa informação ser recebida, o receptor precisa estar sucetível/aberto para recebê-la. E então a partir da compreensão de tal mensagem responder adequadamente. Isso é um diálogo.
Por exemplo, enquanto escrevo minha amorável esposa conversa comigo. Porém minha mente não está aberta no momento para me comunicar com ela. Minha mente está aberta recebendo outra informação e portanto, interagindo com outro ser/emissor. Quando ela pede uma resposta e não dou, ela fica chateada. Claro, não houve comunicação entre nós. Foi um monólogo.
A diferença entre monólogos e diálogos é o resultado. Como uma piada que ninguém ri, e outra que dão gargalhada. A resposta é fundamental para a interação. Quando não internalizamos a informação, ela não nos influencia. Sem resposta podemos dizer que a comunicação não foi efetiva. Ou por parte de quem falou ou de quem deveria receber. No caso acima, a culpa foi minha, admito.
Mentes passivas é a criação, ou melhor, descriação do ser humano que nasceu para ser criativo. Por isso, não seja passivo, interaja com esse texto e comente agora o que você achou dele.