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sábado, 27 de abril de 2013

Qual o significado da expressão “tarde(s)-manhã(s)”? (v.26 – “as tarde(s) e manhã(s))



O uso de ereb-boqer (tarde-manhã) é comum para expressar tempo no Antigo Testamento. Pela primeira  vez ela é usada em Gen 1 explicando temporalmente os primeiros dias (heb.yom). Ela não possui uma forma fixa, mas é usada tanto  na sequencia ereb...boqer (tarde-manhã) como boqer...ereb (manhã-tarde). Visto que no contexto de Daniel essa expressão é para qualificar os rituais do santuário é importante entender como essa ela foi usada nesse contexto.


Em Exo 27:21 Moisés é comandado a ordenar os sacerdotes a manter a lâmpada do tabernáculo acessa mereb ad boqer...olam (heb. desde a tarde até a manhã...para sempre). Quando lemos o registro dessa atividade em Lev 24:3,4 a expressão mereb ad boqer (heb. desde a tarde até a manhã) é associada com tamid (continuamente) e olam (perpetuamente, para sempre). Em Dan 8:14 a preposição ad (até) vem antes da descrição de tempo. Mas creio que não podemos ignorar a conexão com essa ministração diária no santuário, especialmente porque a expressão tamid é mencionada em Dan 8.

A expressão ereb boqer com a preposição ad (até) e o advérbio tamid (diário) também é usada em Num 9:15-16,21 com referência a presença de Deus numa nuvem e pilar de fogo guiando Israel. Há uma conexão temática entre a lâmpada sempre brilhando no santuário e a presença de Deus no pilar/nuvem iluminando os passos dos Israelitas.

Acerca de mais uma referência ao tamid (Num 28 e 29, Exo 29:38-46 e Lev 6:8-13) percebe-se a conexão entre sacrifício contínuo ou holocaustos (‘olat hattamid) e Daniel 8. Nessas passagens os holocaustos consistem de 2 cordeiros que são uma unidade oferecidas no santuário pela manhã e pela tarde (Num 28:4- boqer...ereb). Apesar da inversão da expressão presente em Daniel 8 esses textos mostram que a expressão ereb ...boqer é usada no contexto do ciclo do culto no santuário. Esse ciclo é referido com outros termos layla ad boqer (noite até manhã – Lev 6:9; MT v.2), dia e noite (yom vlayla – Num 9:21).

Isso sugere que o ciclo da criação é usada nos rituais do santuário Israelita e tais expressões denotam um serviço de salvação constante. Deus opera constantemente/diariamente pela salvação da humanidade. O exemplo da luz  (pilar e candelabra) e dos sacrifícios no tabernáculo ensinam essa constância. Ou seja, em Daniel 8 há uma transição da ministração diária para o dia do juízo - que era o ritual anual da expiação num único dia (Lev16 e 23)– após 2300 dias (tardes e manhãs)-anos.

sábado, 6 de abril de 2013

9) As 2300 “tardes-manhãs” cobrem qual parte da visão visto que a pergunta do santo no v.13 menciona apenas o final dela?


Dan. 8:13 é uma pergunta de um santo acerca da visão até então revelada ao profeta. Um santo pergunta, até quando? E os elementos mencionados na questão refere-se as coisas vistas anteriormente (v.10-12), que é a culminação da visão. Isso não significa que a pergunta, e consequentemente o tempo da resposta (v.14), se limita ao final.

A questão do santo é sobre a hazon (visão) que é o todo visto por Daniel, como bem explicado pelo anjo e o próprio Daniel (v.1, 17, 26). No entanto o que a questão levantada pelo anjo realça é o ápice da visão. Por isso a relação entre o v.13-14 com os v.10-12 são fortes. A ênfase da visão é o ataque religioso do “pequeno” chifre. 

Como em Dan.7 o foco também foi o último poder inimigo de Deus (o animal terrível e espantoso de onde sai um chifre “pequeno”). Poderíamos até dizer que as outras bestas/animais ou chifres são apenas contexto para que o leitor preste atenção no que realmente interessa – a identificação precisa do último poder satânico e sua contrafação do sistema de salvação divina.

sexta-feira, 22 de março de 2013

O que é o hattamid (“regularidade”, “diário”)? (Dan 8:11-12)


Textualmente a referência ao hattamid (o contínuo) é ao serviços do santuário. O advérbio com artigo (como aparece em Dan 8) ocorre 24x no Antigo Testamento sempre qualificando outro vocábulo. Seu significado básico é “contínuo, regular, sem interrupção”. Com excessão de Neemias 10:34 onde ela ocorre duas vezes em referência ao minha (oferta de grãos) e o olah (holocausto – oferta de animal), todas as outras referências fora de Daniel estão em Num 4, 28 e 29. 

Devemos lembrar no entanto que em Daniel esse advérbio encontra-se sozinho, sem objeto a qualificar, o que torna sua interpretação controvertida. Mesmo assim veremos quais as coisas que o advérbio tamid mais qualifica nessas passagens do Antigo Testamento.

Em Num 4:7 tamid qualifica o pão da proposição que permanecia continuamente no templo perante o Senhor. Em Num 4:16 tamid qualifica apenas a oferta de grãos (minha) que deveria ser oferecida continuamente no templo. Em Num 28 e 29 tamid refer-se apenas ao holocausto (olah) em conexão com as festas santas, os sábados (semanais e mensais). O olat hatamid (holocausto contínuo) no entanto é contrastado com ofertas especiais dessas celebrações. Isso porque as ofertas qualificadas tamid eram aquelas regulares oferecidas todos os dias pelos sacerdotes no santuário.

O que essa informação indica é que hattamid por si em Daniel deve/pode referir-se aos trabalhos diários dos sacerdotes no tabernáculo. Outra informação que nos ajuda entender o hattamid é a expressão ereb-boqer (tarde-manhã). Ela ocorre em Lev 24:3 junto com o advérbio tamid (sem artigo) referente aos serviços contínuos dos sacerdotes para manter a chama do candelabro sempre acessa. 

Assim, quando Dan 8:14 e a purificação do santuário anual é contrastada com o serviço contínuo do santuário um notamos que o “chifre pequeno” tenta destruir os serviços diários de salvação no santuário celestial, mas Deus estabelece um dia de juízo (Expiação) para destruir os que desobedecem.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Como pode o “chifre pequeno” afetar o povo e as coisas que pertecem ao céu? (Dan 8: 10-13)


A visão de Dan 8:10-13 representa o poder inimigo a Deus que ataca o Seu santuário, as hostes celestiais e joga a verdade por terra. Como pode um poder terrestre afetar as esferas celestiais? Primeiramente, essa questão não deve ser mal-interpretada e sugerir uma separação completa de ação entre o divino e o humano. De acordo com as Escrituras a esfera divina se relaciona com a humana. 

Diferente do dualismo platônico adotado pelo Cristianismo na Idade Média (como vimos anteriormente), o Deus da Bíblia criou no tempo e no espaço e agiu (age) na criação. Deus falou com Moisés face a face, manifestou-Se aos  Israelitas no monte Sinai, habitou numa nuvem no tabernáculo falando com eles. Jesus como Deus-homem andou entre os homens e se envolveu intimamente com a criação. Assim as Escrituras ensinam que a esfera celestial está intimamente relacionada com a terrestre.

De importância particular nessa discussão sobre presença e ação divina em Daniel está o santuário. O santuário é a habitação de Deus entre os homens (Ex. 25:9). Jesus é a presença de Deus entre nós e o tabernáculo (Jo.1:1-14; Mat 1:23). Como no serviços do tabernáculo onde os pecadores transferiam seus pecados para o templo, assim Jesus tomou sobre Si os pecados do mundo na Cruz morrendo pela humanidade caída (Is.53; Rom 5-7 e II Cor 5:21). Após a ressureição e assunção de Cristo ao céus, os pecadores estão representados em Cristo no santuário celestial (Ef. 2:6; Heb 2:17-18; 4:15). É nessa maneira que os pecados afetam as atividades celestiais e seus seres.

Em Daniel 8 o “chifre pequeno” ataca os “exércitos dos céus” e o santuário, mas como? Se as hostes celestiais forem o povo de Deus (v.24 – sendo tanto anjos como humanos, ou apenas humanos) o texto afirma que esse inimigo os destrói de certa forma. As Escrituras descrevem como os seres humanos criados a imagem de Deus foram atacados na história. Ela também ensina que a Igreja (Seu povo) é sua esposa ou Seu próprio corpo, significando uma forte identificação (I Cor 12:14). Assim, quando o povo de Deus sofre Deus sofre. Como um pai que toma as dores de seu filho assim Cristo padece e intercede pelos Seus (Heb 2:14-18;4:14-16).

Por exemplo, na estrada de Damasco quando Paulo perseguia os discípulos de Jesus, Cristo apereceu a Saulo dizendo que quem estava sendo perseguido era o próprio Jesus (At.9:5). Em Sua oração ao Pai Jesus afirma que assim como o Filho e o Pai são unidos, a humanidade e Jesus também são um (Jo. 17). Por essa razão Jesus ensinou que quando um pobre é ajudado Ele mesmo é ajudado (Mat 25:40).

Sobre a relação entre o santuário celestial e a terra há outra dimensão cujo o “chifre pequeno” pode atacar o santuário e as hostes em Dan 8. Visto que a linguagem desse capítulo é tomada dos rituais do santuário, principalmente do dia da expiação (Lev 16), uma examinada nesse ritual nos ensina outra faceta do ataque satânico. De acordo com Lev 20:3 e Num 19:13, 20, há duas formas na qual o santuário era contaminado, a idolatria e contaminação com cadáveres não purificada. Caso os envolvidos não se arrependesem e ignorassem a salvação do Senhor eles sofreriam julgamento divino pois haviam rejeitado o próprio Deus.

Assim, ao ignorar a salvação divina no santuário (serviços diário) e ao estabelecer abominação da idolatria o “chifre pequeno” polui a morada de Deus. Isso é demonstrado no livro de Ezequiel quando Judá poluiu a habitação divina em Jerusalém por meio de contaminação do cadáveres, imoralidade sexual e idolatria (Ez 10-20). Tais ações fizeram com que a glória de Deus (Sua presença) deixasse o templo que foi contaminado. A consequência física foi a destruição de Jerusalém e do templo pelos Babilônicos.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Qual o significado da mudança de gênero em Hebraico em referência “chifre pequeno” e seus referentes em Dan 8:9-12 para identificação desse poder na história?


É verdade que há uma mudança de gênero (feminino e masculino) nos v.9-12 nos vocábulos referentes ao chifre pequeno. Em hebraico verbos, substantivos, adjetivos e pronomes possuem gênero. Por exemplo, se um verbo possuir terminação feminina ele concorda com o sujeito feminino mais próximo, o que não ocorre em português visto que o verbo não tem gênero. Vamos identificar então os gêneros nos versos 9-12.

v.9 – YATZAR – verbo masculino “sair, ir”; QEREN – substantivo feminino “chifre; VATIGDAL – verbo femino “crescer”
v.10 - VATIGDAL – verbo femino “crescer”; VATAPEL – verbo feminino “cair”; VATIRMESEM – verbo feminino “pisar”
v.11 – HIGDIL – verbo masculino “crescer”;  VeHOSHLAQ – verbo masculino “ser atirado”; [HURAN – verbo masculino “ser exaltado”]
v.12 – TINATEN – verbo feminino “foi dado”; VeTASHLECH – verbo feminino “jogado, lançado”; Ve’AShTAh – verbo feminino “fazer”; VehITZELIHAh – verbo feminino “prosperar”

O v.9 começa com um substantivo plural masculino junto de um verbo masculino e finaliza com substantivo feminino e um verbo no feminino. No v.10 há 3 verbos femininos e no v.11 há 3 masculinos. No v.12 são 4 verbos no feminino. Há aqueles que argumentam que a mudança de gênero ajuda identificar diferentes agentes na visão, mas como isso determina quais são esses agentes ainda continua em debate.

Muitas propostas foram feitas no Adventismo. Por exemplo, o “exército” no v.10 age no feminino enquanto o “exército” no v.11 age no masculino o que também identifica um novo poder na visão. E no v.12 a ação volta para o feminino. O que todos os intérpretes Adventistas aparentemente concordam é que a mudança do gênero marca uma transição de poder, nesse caso o texto indica uma mudança de poder dentro do império Romano.

Um dos intérpretes, Jown Peters, argumentam que o quiasmo (estrutura literária) e gênero dos verbos e substantivos identificam diferença de poder nos v.10à12 e v.9à11. Enquanto Martin Proebstle argumenta que a identificação é v.9a-11 e v.9b-10 ignorando o v.12. Gehard Hasel e William Shea também encontraram uma estrutura literária e divisão histórica do texto diferente nesses 4 textos. Ambos argumentam que a mudança de gênero identificam Roma papal e pagã.

Como essa identificação histórica deve deve ser feita a partir de gêneros textuais ainda é dificíl determinar. Portanto, a importância do gênero no texto não deve ser levada ao ponto de fundamental importância para interpretação profética. Parece que essa análise sintática do texto profético parece não resolver o problema de identificar dois poderes distintos do chifre em Daniel 8 até que fatos históricos sejam relacionados com a interpretação do texto.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Atacando o santuário e os santos - parte 2


À luz do ataque satânico ao santuário e aos santos na história da Igreja Romana, note quão relevante é Lev 19 nesse contexto profético. Em textos anteriores eu esbocei esse capítulo sobre santidade da seguinte forma:

  1)     Não adorar ídolos (v.4)
  2)     Em negócios pessoais nunca maltratar (v.9-10)
  3)     Não maltratar os oprimidos e estrangeiros, mas ajudá-los (v.9-10, 13-14, 33, 34)
  4)     Falar sempre a verdade e praticar a justiça (v.11, 15-16)
  5)     Comer aquilo que é adequado à saúde (v.23-26)
  6)     Manter pureza sexual e mental (v.17,29)
  7)     Não se envolver com espiritismo ou fazer contato com os mortos (v.26, 28, 31). 
  8)     Guardar o sábado e reverenciar o santuário (v.30)

Visto que o ataque de Satanás é na santidade (santos, lei, Deus e santuário), tal texto de Levíticos é importante ser considerado à luz da história do papado. Vejamos um por um. Com a reinterpretação bíblica ao olhar da filosofia grega, o Catolicismo aprovou a adoração de mortos (#1,#7). Por meio da noção errada do corpo humano, ela abriu as portas à promiscuidade sexual e à alimentação imprópria (#5,#6). Ao unir-se ao estado, a Igreja tornou-se um negócio que perseguia os que atrapalhavam seus interesses (#2, #3). Com a elevação do papa como único representante de Deus na terra, ela propagou mentiras sem fim (principalmente com o documento forjado da doação de Constatino – futuramente no blog), cometendo as maiores injustiças que o mundo já viu (#4). Em seu período de dominação, a Igreja Romana foi contra os judeus e eliminou o sábado, trocando-o pelo domingo como dia santo de adoração (#8).

Note que tais transgressões não são pequenas, mas formadoras do cristianismo vigente. Tenha como exemplo o conceito da imortalidade da alma ligado à alimentação e espiritismo, assim como a guarda do domingo como santo. A maioria dos cristãos acha que é correto e bíblico a guarda do domingo, a crença no evolucionismo teísta, a comunicação com os “mortos-vivos”, manter relações sexuais fora do casamento é normal, e que a alimentação não influencia no relacionamento com Deus (consomem carne, álcool, fumo, muita gordura e sangue).

Nesses “detalhes” Satanás mina a relação de Deus com o homem, e por meio do engano remove milhares de pessoas da salvação oferecida por Cristo. É por isso que estudar profecias é tão importante. Ao identificar os poderes por trás das grandes estruturas socio-religiosas no grande conflito podemos tomar decisões sábias e informadas pelas Escrituras. Somente assim poderemos resistir à Babilônia, restaurar a verdade jogada por terra e nos unir aos santos que serão libertos por Cristo quando Ele retornar.

O grande exemplo é o sábado. A restauração da santificação do sétimo dia faz com que construamos uma antropologia e ontologia bíblica. A referência à criação do Gênesis elimina o evolucionismo, a guarda do domingo, a imortalidade da alma, a impureza sexual, e a salvação pela graça por meio da obediência a Cristo. É por isso que Deus levantou um movimento nos últimos dias, que nos lembra do sábado como veículo de restaurar verdades outrora apagadas pelo chifre satânico.

Muitos outros aspectos da verdade foram deturpados pelo chifre satânico, mas sobre eles escreveremos mais tarde. No próximo post voltarei às questões textuais sobre a interpretação do livro de Daniel.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Atacando o santuário e os santos


No texto anterior descrevi como ideologicamente Satanás minou o conceito de realidade descrita pela Bíblia. Assim, o que Deus havia revelado era um mito a ser reinterpretado à luz do dualismo Platônico, onde o mundo natural é irreal e a realidade divina é imutável. A criação não foi progressiva em 7 dias literais, mas em um grande momento onde as ideias divinas se materializaram num instante. Os seres humanos são compostos por uma essência imortal divina coberta por um corpo mutável físico. Nesse texto esboço como na prática isso modificou o Cristianismo verdadeiro. Como é um esboço, explico tais enganos em generalizações e em linha história resumida.

Visto que o físico é ruim, e o não material, bom, nesse esquema ontológico, o relacionamento sexual descrito na Bíblia como positivo e divino é descrito como um mal necessário. Mal porque sexo é carnal e o corpo/material é ruim e mutável/mortal. Necessário porque as almas (ou partículas divinas) colocadas em Adão devem ser liberadas por meio da tal relação (do sperma - semente). Essa antropologia cria uma superioridade entre o homem e a mulher, e entre o celibatário e o casado. Tais ensinos são extremamente nocivos e não bíblicos.

Apesar da Igreja Romana ensinar tais conceitos, seus próprios líderes não praticavam. Durante a Idade Média vários cleros casaram. Os que obedeciam à Igreja na aparência tinham concubinas e filhos bastardos. Em Roma a imoralidade era tamanha que, por volta do ano 1200, a cidade de Roma era conhecida como o maior prostíbulo do mundo. Tal deturpação antropológica minou a pureza sexual e o núcleo familiar instituído por Deus para proteger a humanidade. Ainda hoje sofremos as consequências de tais enganos Satânicos. Não é à toa que Deus descreve a igreja Romana ao profeta João como uma prostituta e mãe de meretrizes. (Apoc 17 e 18)

Assim como a imoralidade sexual é associada à idolatria no Antigo Testamento, também no “cristianismo papal”. Visto que a alma é imortal e o físico, pecaminoso, a mortificação do corpo era algo necessário à salvação. Como o culto a Baal descrito no Carmelo, a penitência foi glorificada como meio de salvação. Os que morriam pela fé em Cristo e mortificavams seus corpos eram considerados semi-divinos. Daí criaram-se os santos, que servem como ídolos intercessores, usando seus méritos para ajudar na salvação de almas ainda não liberadas desse corpo mal.

Desta forma Satanás ataca eficazmente o santuário e os santos. Destrói o santuário de duas maneiras. A primeira, de acordo com a Bíblia, o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e feito para pureza (I Cor 3:16,17; 6:19,20). Ao ensinar que o importante é o imaterial e que o casamento é um mal necessário, o Catolicismo abre portas à imoralidade, e à promiscuidade fora do relacionamento conjugal. Segunda, ao promover a mortificação do corpo e mérito de esforços humanos no culto aos santos, o sistema de salvação real no santuário celestial é negado. Ao invés de Jesus como nosso único intercessor e Salvador, temos Maria e sua hoste de Santos imortais. A veneração dos mortos é gigante nesse esquema religioso. Prática tal que é abominável aos olhos do Senhor da Bíblia (Deut?? Is ??) – continuação no próximo texto...