No texto anterior descrevi como ideologicamente Satanás minou o conceito de
realidade descrita pela Bíblia. Assim, o que Deus havia revelado era um mito a
ser reinterpretado à luz do dualismo Platônico, onde o mundo natural é irreal e
a realidade divina é imutável. A criação não foi progressiva em 7 dias literais,
mas em um grande momento onde as ideias divinas se materializaram num instante.
Os seres humanos são compostos por uma essência imortal divina coberta por um
corpo mutável físico. Nesse texto esboço como na prática isso modificou o
Cristianismo verdadeiro. Como é um esboço, explico tais enganos em
generalizações e em linha história resumida.
Visto que o físico é ruim, e o não material, bom, nesse esquema ontológico,
o relacionamento sexual descrito na Bíblia como positivo e divino é descrito
como um mal necessário. Mal porque sexo é carnal e o corpo/material é ruim e
mutável/mortal. Necessário porque as almas (ou partículas divinas) colocadas em
Adão devem ser liberadas por meio da tal relação (do sperma - semente). Essa
antropologia cria uma superioridade entre o homem e a mulher, e entre o
celibatário e o casado. Tais ensinos são extremamente nocivos e não bíblicos.
Apesar da Igreja Romana ensinar tais conceitos, seus próprios líderes não
praticavam. Durante a Idade Média vários cleros casaram. Os que obedeciam à
Igreja na aparência tinham concubinas e filhos bastardos. Em Roma a imoralidade
era tamanha que, por volta do ano 1200, a cidade de Roma era conhecida como o
maior prostíbulo do mundo. Tal deturpação antropológica minou a pureza sexual e
o núcleo familiar instituído por Deus para proteger a humanidade. Ainda hoje
sofremos as consequências de tais enganos Satânicos. Não é à toa que Deus
descreve a igreja Romana ao profeta João como uma prostituta e mãe de
meretrizes. (Apoc 17 e 18)
Assim como a imoralidade sexual é associada à idolatria no Antigo
Testamento, também no “cristianismo papal”. Visto que a alma é imortal e o
físico, pecaminoso, a mortificação do corpo era algo necessário à salvação.
Como o culto a Baal descrito no Carmelo, a penitência foi glorificada como meio
de salvação. Os que morriam pela fé em Cristo e mortificavams seus corpos eram
considerados semi-divinos. Daí criaram-se os santos, que servem como ídolos
intercessores, usando seus méritos para ajudar na salvação de almas ainda não
liberadas desse corpo mal.
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