Preteristas e futuristas enxergam esse déspota Greco-Seleucida, Antíoco
Epífanes IV como o inimigo central das profecias de Daniel. E em Dan 11 isso
não seria diferente, eles enxergam Antíoco IV do v.13 em diante. Historicistas
no entanto estão divididos quanto a interpretação dos v.13-20 e alguns nem acham
que Antíoco está na profecia.
William Shea vê Antíoco IV no v.14 e 15 até sua destruição pelos Romanos no
v.16. Urias Smith no entanto acha que o poder descrito nos v.13-15 é do seu
antecessor Antíoco o Grande III. Roy Gane tem um posição semelhante porém ele
acha que Roma deve ser inserida apenas no contexto do v.21. Assim para ele Antíoco
III é o poder descrito dos v.11-19.
Todos concordam que Roma definitivamente é o poder do v.21 sendo o v.22 já
no tempo de Jesus (I séc AD). Eles também concordam que o v.13 refere-se as
atividades de Antíoco III. Assim os v.14-22 possuem interpretações diversas no
meio Adventista. Enquanto Shea e Smith inserem Roma entre os v.15 e 16, Gane vê
a transição dos poderes Helênicos para os Romanos apenas nos v.21-22.
Interpretar profecias, ou identificar com precisão eventos históricos com
textos bíblicos é uma tarefa árdua. Requer bastante conhecimento da história e
preferencialmente do texto bíblico nas línguas originais. Quanto a esse texto
(Dan 11) a maioria dos intérpretes acham que as descrições dos reinos do norte
e do sul devem ser lidas no contexto do Povo de Deus (Israel). Como eles
interpretam profecia à luz da história é que deve ser melhor averiguada. E mais
atenção deve ser dada ao texto de Dan 11.