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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Povo Novo

Como vimos no texto anterior, enquanto muitos cristãos focalizam sua atenção em simpatias místicas, o ano novo divino centraliza seu ritual na remoção de pecados por meio do Cordeiro de Deus. O rito da expiação do santuário, da limpeza da casa de Deus, é uma promessa que todas as impurezas do ano serão removidas pelo poder de Deus, que toma sobre Si os nossos pecados. Jesus nos garante uma vida nova no ano novo.

Mas Satanás tem desviado a atenção das pessoas dessa grande notícia do ano novo divino. O que veremos com mais detalhes agora é como os rituais divinos foram modificados transformado a identidade do cristianismo.

Em Daniel 7:25 e 8:11 nos é informado que o poder Satânico mudou os tempos, as leis e os rituais do santuário divino. Em lugar do sábado da criação, é introduzido o domingo como dia do sol e ressurreição; em lugar de celebrar o ano novo da maneira divina lembrando do santuário celestial, Satanás desvia a atenção para a terra e seus rituais cheios de luzes e muito barulho; em lugar do pôr-do-sol, o ano novo é contado a partir do sistema capitalista de meia-noite.

Assim, com a perda do rito o seu símbolo também é esquecido. A promessa da destruição do pecado e da purificação desse mundo é negligenciada. Porém, em meados de 1830, um homem chamado Guilherme Miller, um batista do estado de Massachusetts (EUA), começa a estudar a Bíblia com bastante cuidado. Ao se deparar com a passagem de Daniel 8:14 ele fica intrigado. Sem entender do que se tratava a purificação do santuário ele começa a estudar os rituais divinos.

Ao finalizar seu estudo, ele conclui que Jesus voltaria por volta de 1843, e o mundo como conhecemos acabaria. Como ele chegou a essa conclusão? Primeiro ele acreditava na literalidade e historicidade da Bíblia. Ao ler Daniel 8, em conexão com Daniel 7, a sequência de tempo foi estabelecida. Desde Daniel e Babilônia, Deus descreve os impérios de maior influencia até o estabelecimento do Reino de Deus.

Assim como Daniel 2 e 7, os reinos descritos em Daniel 8 são descritos de forma simbólica e seu tempo fora interpretado por Miller como simbólico. Considerando as passagens de Num.14:24 e Ez.4:6, ele viu que em profecia um dia significava um ano literal. Os chifres e bestas simbolizavam poderes políticos que deveriam ir até o fim dos tempos. E o chifre pequeno reinaria até a purificação do santuário.

Integrando Daniel 2,7,8 e 9, os cálculos de Miller acerca da purificação do santuário chega ao ano de 1843/44. Era comum naquela época e ainda hoje, interpretar o santuário purificado como a destruição do planeta terra. Mas não é bem assim. Lembremos que Satanás usou o poder romano para mudar as mensagens divinas. E o santuário foi uma delas. Dan.8:11 e IITs. 2:4 afirmam que o chifre atacaria o santuário e seus rituais mundanizando, ou seja, transferindo do céu para terra.

Mas Miller não entendera essa parte, e as implicações de sua interpretação eram imensas. Em meados de 1831 ele começa a pregar e divulgar suas conclusões. Cristo estava voltando em alguns anos e isso muda toda a maneira de viver. O juízo final está para acontecer. Ao ouvir as mensagens de Miller milhares de pessoas começam a estudar a Bíblia e chegar a mesma conclusão. Os números eram precisos, suas interpretações também. Começando com o decreto de Artarxerxes no ano 457 AC, passando pela morte de Jesus no ano 31 AD, o final das 2300 tardes e manhãs terminaria em 1843/44 ano da purificação do santuário.

Pessoas largam seus empregos para dedicar suas vidas a proclamação dessa mensagem tão importante. Tudo mudaria em alguns anos, os sofrimentos e morte cessariam. O pecado seria destruído e Deus reinaria para sempre. Era a virada de ano divino. E assim como no antigo Israel, Deus purificaria a terra por ocasião do dia da expiação.

Apocalipse 10 descreve essa movimento que toma conta do planeta em alguns meses. Sua mensagem a princípio era doce. O estudo do livrinho aberto por Jesus, o estudo das profecias de Daniel, restaurou o simbolismo do ano novo divino. Infelizmente, porém, os primeiros adventistas não entenderam tudo corretamente e ao continuar interpretando o santuário como sendo a terra eles tiveram uma amarga decepção.

O grande desapontamento no entanto, foi uma oportunidade para Deus purificar ainda mais o mundo das influências Satânicas. Após a grande decepção em 22 de outubro de 1844, um punhado de adventistas resolvem voltar ao estudo da Bíblia e orar buscando de Deus a resposta para o desapontamento. Deus não os desaponta. Em algumas semanas, eles descobrem verdades que mudariam a história.

Os cálculos de Miller estavam corretos, o erro porém era sobre a identidade do santuário. Ao estudarem passagens como Heb.4:14,15; 8:1,2 e Ap.11:19 eles descobriram que no céu, e não na terra, iniciou a purificação do santuário. Isso significava que logo depois da purificação do santuário celestial, Jesus voltaria a terra para depositar os pecados no bode Satanás que será destruído com todos aqueles que não confessaram seus pecados a Jesus.

A verdade sobre a mediação e o perdão unicamente em Jesus Cristo é restaurada. O símbolo do ano novo divino é colocado novamente em seu devido lugar. Um novo grupo surge em decorrência dessa descoberta. Os Adventistas do Sétimo Dia surgem como o remanescente profético restaurando as verdades escondidas pelo cristianismo apóstata.

Ap.14 mostra o contraste entre os que entendem o ano novo divino, o dia do juízo, e os que não entendem. Os que seguem Babilônia e depositam sua confiança em ritos místicos serão destruídos. Porém, os que depositam sua fé na Palavra de Deus e no Cordeiro de Deus serão salvos do mundo de pecado.

Comunicação divina hoje: Deus ainda hoje está presente no dia a dia do Seu povo. Se fizermos parte da igreja verdadeira teremos um senso de impureza e impureza. Nossas roupas, gestos, palavra e o que comemos ou deixamos de comer será modificado a luz da Revelação bíblica. E sobre isso refletiremos mais amanhã.

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