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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano novo divino

É ano novo e o que percebo é que o Cristianismo tem esquecido o significado do tempo. Muito se fala em vestir branco, não andar para trás, colocar moeda debaixo do tapete, pular 7 ondas e outras coisas bizarras que não encontram respaldos na Bíblia. Acredita-se que esses rituais irão mudar a vida dos que praticarem tais atos. Enquanto isso a Bíblia ensina algo bem diferente.

Ao Israel sair do Egito, Deus ensina ao Seu povo que o tempo deveria ser contado em relação ao santuário. Haviam 7 grandes festas em Israel. Páscoa, Pães asmos, Primícias, Pentecostes, Trombetas, Expiação e Tabernáculos. As duas últimas festas eram relacionadas ao ritual de passagem de um ano para outro. É importante lembrar que a contagem de dias e meses não era como o nosso atualmente. Mesmo celebrado no sétimo mês, o rito da expiação comemorava a passagem do povo de Israel de um ano para o outro.

Isso porque durante o período de um ano, os Israelitas poderiam pedir perdão de pecados através de uma oferta. O livro de Levíticos mostra que as impurezas de todo Israel era depositada no santuário. Mas no último dia, o dia da expiação, a limpeza ocorria não só no arraial como no santuário.

O rito ocorria por causa das impurezas em Israel. Deus é puro e santo e o povo deveria também ser puro e santo (Ex.19:6 e Lev. 19:2). Como Deus habitava no meio do povo (Ex.25:8), as doenças, impurezas físicas, e pecados contaminavam Sua casa. Mas essa contaminação era benéfica, pois tinha o objetivo de purificar, de remover a maldade do povo (Lev.5:18). Assim como um hospital está cheio de doenças, mas continua sendo o local de cura, o santuário de Deus era uma esponja que sugava as impurezas do Israelitas arrependidos.

O esquema funciona em duas etapas. Todos os dias as ofertas e sacrifícios ensinavam o Israelita que o pecado traz morte. E mediante o arrependimento e confissão, o pecado era transferido para o santuário, através da oferta. A habitação de Deus era sujada por todo um ano e no último dia do ano ritual, ele era limpo. Era o dia da expiação, da remoção do pecado.

A casa de Deus funcionava como um depósito de pecados, por mais estranho que isso pareça. Is.53 afirma que Deus se tornou pecado para nos dá a paz. Essa é a loucura do evangelho que nos ensina o ritual de ano novo divino.

O texto de Lev.23 explica que durante o ritual todo Israelita deveria jejuar, vestir roupas simples e afligir suas almas, ou seja, examinar sua consciência e arrepender dos pecados. Confiantes nos méritos do sacrifício e da mediação do sacerdote, o Israelita deveria esperar ao final do dia uma vida renovada. Seus pecados haviam sido removidos e sua culpa também.

Esse ritual de ano novo era um memorial a fim de que os homens lembrassem de sua condição de pecado e do perdão que há em Jesus. Porém, Satanás destrói a continuidade pedagógica desse rito introduzindo coisas estranhas como vemos hoje relacionado ao ano novo. Daniel 7:25 e 8:11 mostram que o inimigo não tem interesse algum no ritual do ano novo divino.

O Cristianismo perde a noção de tempo com o chifre pequeno e assim, esquece do ritual do ano novo. O dia do perdão é substituido por Satanás e a igreja apóstata. Por centenas de anos, as pessoas não tiveram a chance de comemorar uma vida nova, e por isso, depositaram suas esperanças em rituais que não possuem poder de mudança para o bem. Porém, o mundo não poderia ficar assim e Deus promete a restauração da comemoração do ano novo.

No céu, Jesus oferece Sua vida como garantia de uma nova vida (Heb.4 e 8). Em 1844, Jesus iniciou uma nova fase da história. Com Guilherme Miller e o movimento adventista Deus iniciou a restauração da verdade destruída por Satanás. A promessa de uma vida nova, um ano novo é restaurada. A promessa é para todos os que creem em Jesus. Nos próximos textos sobre o ano novo reflito sobre as implicações do ano novo divino.

A comunicação divina para esse ano novo é: Deus, como no passado, deseja oferecer uma nova vida, um novo ano. Jesus, o Cordeiro e Sumo sacerdote nos oferece uma nova vida mediante Seu sacrifício e vida.

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